segunda-feira, 9 de maio de 2011

TRADIÇÃO QUE ATRAPALHA RESULTADOS IMPORTANTES

Os campeonatos Estaduais mantidos pela força da tradição e o fascínio pela manutenção da rivalidade entre clubes vira e mexe traz transtorno a muitos planejamento de clubes no Brasil. Se entre aspas é a competição menos badalada da temporada ela dita o ritmo do andamento do trabalho no primeiro semestre. Trabalho dentro e fora de campo, já que é responsável também por movimentar os cofres de muitos clubes, principalmente dos times de menor investimento.

Ele é sem dúvidas o fiel da balança. Sempre disputado com uma competição paralela de maior relevância nunca é colocado pelos clubes como segunda opção. Até mesmo para aqueles que possuem bons elencos. Para exprimir essa análise vou pegar como exemplo o Campeonato Carioca e Paulista.

No Cariocão vimos um Fluminense entre a cruz e a espada. Tendo um grupo dificílimo na Libertadores e com a responsabilidade de atuar bem no Estadual. No primeiro turno viu a eliminação na semifinal para o menos badalado Boavista. O campeão brasileiro sucumbia a esperança de se garantir numa final. Na competição internacional a " sintonia fina" não se ajustou e literalmente aos 45 do segundo tempo conseguiu na base da raça e superação a classificação para fase final do torneio continental. Em paralelo, o Fluminense disputava a fase final da Taça Rio e teve um Fla-Flu de arrepiar, com decisão nos pênaltis. O cansaço físico e mental pesou na decisão nas oitavas de final. Apesar da vitória em casa, o Fluminense demorou para engrenar. Venceu mas não teve competência para administrar o resultado numa noite pouco inspirada do elenco repleto de estrelas. Agora a torcida cobra resultados que poderiam ser minimizados se houvesse uma "preferência" por uma competição e destinasse os principais jogadores a ela.

O mesmo vejo no Santos. No paulista fez um bom papel, se mantendo entre os primeiros. Na Libertadores foi aos trancos e barrancos, mas passou para a fase decisiva. E se viu numa maratona de tirar o fôlego e cadê a coragem de poupar os principais jogadores? A decisão do estadual era contra o Corínthians, maior rival. No torneio continental viagens para Mèxico, Colômbia num intervalo de dias. Não poupou ninguém. E agora não terá o principal jogador, quando mais precisa dele

Isso é apenas uma demonstração do peso que a tradição exerce sobre o times no Brasil. A força dos contratados, a tv dependência, a cobrança da torcida deixa o planejamento tomr riscos incalculáveis na minha opinião, sem necessidade. Basta formar bons times e priorizar, sem medo de críticas.


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