terça-feira, 12 de julho de 2011

PILOTOS EM SEGUNDO... PLANO


Até hoje o espectador amante da velocidade vive com um dilema. Torcer por escuderia ou para o piloto?  Brasileiros foram condicionados pela detentora dos direitos de transmissão a torcerem por pilotos, já que a tentativa de ter uma escuderia 100% brasileira foi apenas um retardatário.  E ficamos mal acostumados. Émerson Fittipaldi, Nelson Piquet, Ayrton Senna isso só para citar os campeões mundiais. A forma de atrair o grande público e atenção deles foi realmente fortalecer a imagem de nossos pilotos.
Em nossa memória pouco ficou marcada a Willians, Lotus, McLaren entre outras. Mas a grande realidade é que a disputa mundial está entre as escuderias. Fazendo uma analogia com o futebol o que vale mesmo são as vitórias do time nem tanto o desempenho do craque. Por isso, o domínio de ordens das escuderias para pilotos manterem as posições ou deixar o piloto com vantagem na classificação geral faz parte sim do processo de disputa do campeonato. Por mais ridículo que possa parecer quem está fora das pistas é quem decide cada corrida, seja por estratégia, seja por decisões como da Red Bull Racing com Mark Webber e Sebastian Vettel.  
Há anos atrás o povo brasileiro se sentiu revoltado com as peripécias de Jean Todd e Michael Schumacher (Dick Vigarista) quando o escudo da Ferrari não era o cavalinho e sim Rubens Barrichelo. O time ficou sempre acima, mas dessa vez houve uma troca por uma  hegemonia do piloto. Nesse paradoxo quem sofreu mesmo foi o amante da velocidade.
Por mais que se criem regras para trazer o charme do esporte que são as ultrapassagens, o arrojo do piloto, a técnica temos que nos acostumarmos a torcer pelos times também. Por mais estranho que possa parecer o esporte individual como o automobilismo ser dividido com chefes, engenheiros todo processo de vitória. Lógico que eles também tem seus méritos. Mas o que faz todo o trabalaho deles é o piloto, este sim o grande responsável por nossas alegrias. De uma vez por todas as equipes tem que deixar a corrida ser resolvida dentro das pistas e não através do rádio de comunicação.

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