sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

UMA VISÃO SOBRE A CRISE


A crise que eclodiu em São Januário nesta semana foi apenas o acúmulo da pólvora que não vinha sendo gasta desde 2009. Naquele ano, o futebol pode resgatar o respeito, o clube respirar financeiramente, a torcida voltar a ser feliz. Mas os dirigentes não acordaram para o futuro. Na minha opinião, confudiram humildade com falta de ousadia. Pés no chão com mediocridade.



O ano de 2010 era para ser o ano da redenção. Do resgate das grandes tradições do clube. O futebol como carro-chefe alavancaria o clube para dias melhores. Deveria fazer um time competitivo, não fez. No Carioca 2010, sentou-se sobre um ilusório 6 a 0 no Botafogo, mostrou fragilidade nas decisões, não ganhou o título. Na Copa do Brasil caiu diante do vice campeão. Perdeu fora e em casa tentou ser herói, porém foi eliminado. No Brasileirão, contratou um técnico experiente, Celso Roth, que quando conheceu a fundo o elenco, se mudou sem honrarias. O time, de novo na zona do rebaixamento. Com o intuito de apagar um "incêndio", PC Gusmão, até então "nas cabeças" com o Ceará foi convocado. Ao evitar as derrotas, com muitos empates é verdade, o time respirou e terminou em 11° lugar. Muito pouco. PC conseguiu alavancar o time sem as estrelas. Para dar brilho, a diretoria repatriou Felipe, que estava no Oriente Médio. A "estrela" Carlos Alberto, mal entrava em campo, envolvido em contusões, levantando desconfianças.

O ano terminou e o Vasco não se reforçou. Fez apenas contratações pontuais. Marcel, Eduardo Costa, Anderson Martins jamais resolveriam os problemas do time. Foi lançado as costas do cansado Felipe e do benevolente Carlos Alberto a responsabilidade de conduzir o time as vitórias. Fez 1 a 0 num Cerro Porteño medíocre, que mais parecia o Bonsucesso nos piores dias. No Cariocão, três pancadas de jogar qualquer lutador a nocaute. Como sempre, o técnico sofreu, foi demitido. Os craques, julgados e afastados.

Quero lembrar que Vasco não é futebol, Vasco é clube. É remo, basquete, vôlei, natação, futsal, beach soccer. Vasco é muito mais que isso que estão fazendo. Por onde andam tais esportes citados? Como andam? Existem?

Ano de polítca só fica complicado quando os resultados dos gramados são adversos. Vide Fla-Flu, que mudaram a diretoria no ano que conquistaram títulos importantes e só demos conta de disputa polítca quando a taça já estava na mão. Quando a bola fica quadrada na campo, aparecem mil, dois mil dirigentes, aspones dizendo que dão jeito no clube. Os sócios confiaram no ídolo, na índole ilibada de Roberto Dinamite. Diferente do que foi em campo, fraquejou. Foi cercado de pessoas que pensaram pequeno, não raciocinaram Vasco. Agora até Abril, Maio, muita água vai passar em baixo da ponte. Espero que a nau vascaína não encalhe no mar de lama que se encontra.

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