segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

RECONHECIMENTO DO HEXA


Por: Rodrigo Gomes e Pedro Cocan


A polêmica sobre “O caso da Taça de Bolinha” continua com a homologação da CBF, dando ao Flamengo o reconhecimento do título da Copa União de 1987, como campeão brasileiro. A decisão vem uma semana depois do São Paulo receber o troféu, numa cerimônia esvaziada pela GLOBO, que trabalha lado a lado com a CBF para a “organização” da Copa de 2014. O caso pegou o São Paulo de surpresa e o diretor jurídico do clube, Kalil Rocha Abdalla, inclusive, disse que Ricardo Teixeira está indo contra uma decisão judicial e que o clube não corre risco de perder a Taça das Bolinhas.

- A taça é nossa e ponto final. Como a CBF pode ter ido contra uma decisão judicial? Existiu um processo que tramitou, foi julgado e que definiu o Sport como campeão brasileiro de 1987. Não tem como mudar essa decisão. Para que serve a Justiça então? Essa questão está definida, não tem como ser reaberta. Se o Flamengo entrar na Justiça, vamos analisar a ação, é difícil dizer o que pode ser feito agora – ressaltou o advogado, em conversa com a reportagem do GLOBOESPORTE.COM.

O Flamengo assim que soube do caso entrou com um pedido de busca e apreensão, através de seu departamento jurídico e um pedido de indenização, no valor de R$500 mil, junto a Caixa Econômica Federal, que mantinha “A Taça” num cofre, em sua sede no Rio de Janeiro.

A luta pelo reconhecimento ganhou mais força, depois que a CBF resolveu no final do ano de 2010, reconhecer como campeões brasileiros os clubes campeões da Taça Brasil, disputada entre 1959 e 1968, e o Torneio Roberto Gomes Pedrosa, disputado entre 1967 e 1970. Na época, apenas o Flamengo não foi reconhecido, por força de uma decisão judicial favorável ao Sport.

Segundo Ricado Teixeira, os argumentos agora apresentados pelo Flamengo foram considerados bem fundamentados por dois juristas consultados pela CBF, o diretor-jurídico da entidade, Carlos Eugênio Lopes, e o jurista Álvaro Santos.


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O que foi declarado hoje apaga, por completo, o que a CBF havia decidido quando homologou os títulos da Copa Brasil e do Torneio Roberto Gomes Pedrosa. Na ocasião, Ricardo Teixeira disse que estava apenas seguindo a decisão judicial e que o Flamengo, não teria chance alguma de declarar o rubro-negro Carioca, campeão brasileiro de 1987. O Sport por sua vez teve o título confirmado judicialmente em 1994, por decisão do juiz Élio Wanderley de Siqueira Filho, da 10ª Vara de Justiça Federal de Pernambuco. Em março de 1999, o ministro do STJ, Waldemar Zveiter, não julgou o mérito do caso e aceitou a decisão da justiça pernambucana. Em 2001 terminou o prazo do Flamengo recorrer e o caso dado judicialmente como encerrado.

Hoje, a CBF voltou atrás e declarou o Flamengo Campeão Brasileiro de 1987. Mas, essa decisão não vem de graça. A aproximação entre CBF e Flamengo vem sendo articulada pelo presidente do Corínthians, Andrés Sanches, que assim como o rubro-negro pretende negociar novas cotas de direitos de transmissão. As duas maiores torcidas do Brasil não andam satisfeitas com as negociações conduzidas pelo clube dos 13, da qual ainda fazem parte.

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Como o maior "inimigo" politico da Confederação é o Clube dos Treze existe a tentativa de enfraquecer, nos bastidores o grupo dos "maiores times do Brasil" e fortalecer a instituição como mandatária no futebol brasileiro. A cartada para CBF seria a saída de Corínthians e Flamengo do Clube dos Treze para formar um outro grupo, que teria outros grandes incluídos e diluir o poder desse grupo. Porém, a coisa não tão simples como parece, já que Patricia Amorim é vice-presidente do Clube dos 13 e caso queira retirar o rubro-negro da associação teria que se ausentar do cargo.


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