A derrota do Brasil para França, a vitória da seleção sub-20 e a despedida de Ronaldo me fizeram parar e analisar o andamento da renovação do futebol brasileiro. O tempo passou, gerações marcaram sua época com grandes craques, porém, ultimamente tenho andado um tanto quanto preocupado com isso. E de onde surge esta preocupação?
Acompanho o futebol desde os meus sete, oitoanos de idade. Copas do mundo lembro com lucidez de 1990 para cá. A Copa de 1986, no México, tenho flashes de jogos do Brasil, do goleiro Schumacher da Alemanha e claro do Maradona. Ali acontecia a transição da geração quase campeã do mundo em 78 e 82, para a decepção de 90 e o título de 94. Mas tinha um alento. Ou melhor, havia talento. Zico, Dinamite, Sócrrates, Falcão, Careca. Depois viria Bebeto, Romário, Aldair, Jorginho,Tafarel. Mais tarde em 1998 e 2002 tínhamos Rivaldo, Ronaldo, Cafu, Roberto Carlos.
De 2006 para cá, os jogadores que teriam essa responsabilidade de manter um bom patamar no futebol, até agora, na seleção, decepcionaram. Kaká e Robinho principalmente. Tivemos boas surpresas defensivas como Lúcio, Juan, que já estão em final de carreira. Tem também Daniel Alves e Maicon, mas é pouco. Lá na frente é depositado no talentoso Paulo Henrique Ganso e no Neymar uma boa safra. Mesmo assim, é temerário.
Vários questionamentos surgem. Como andam nossas bases? Os resultados prevalecem sobre a formação? A influência dos empresários, atraapalha? O fim dos campos de várzea e o aumento desordenado de escolinhas contribuem? Por onde anda nosso talento? Os vídeos deram lugar aos campos?
Durante a semana vou desenvolver cada questionamento desse e conto com a ajuda de vocês.
Papo e Bola é isso. Informação, diversão e acima de tudo questionamento sobre o mundo da bola.
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